Ser Trasmontano é...

"Ser Transmontano é ser mais forte!
É ir além do sonho humano!
É transcender-se como ninguém.
É ter no peito o amor à terra sua raiz!
Render-lhe preito, e orgulhar-se do seu País.
Ser Transmontano é um estatuto, religioso,
De homem lhano, que sai de tudo vitorioso,
É quase um mito de humildade! Firme! Sem preço!
Como o granito inabalável que faz seu berço.
Ser Transmontano, é ser amigo do seu amigo.
Leal e ufano da valentia perante o perigo.
Bom Lusitano, divide o pão p'los seus iguais!
Ser Transmontano, é tudo isso, e muito mais!"

in "VERTENTES DA VIDA" de Graziela Vieira

Objectivos deste Blog!

Este Blog tem como objectivo contar histórias sobre as Gentes da minha terra.
Os nomes são fictícios, ainda que quem conheça as personagens sabe de quem estou a falar.
Umas histórias são verdadeiras, com alguns arranjos ou modificações, outras são fruto da imaginação fértil do Autor do texto.
Este Blog serve também para homenagear, e falar sobre a minha Aldeia (Travanca - Mogadouro).

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ÈS TRANSMONTANO?

Histórias »relativamente« estúpidas

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quinta-feira, 29 de novembro de 2007

ROSEMARY I – PARTE I

Que fazer! … Dona Rendas para não variar cumpria o seu ritual diário... dormir e fazer ou desfazer renda. Né Caçarretas depois de mais um dia longo (ia á caça, quer dizer ia almoçar fora já tinha a merenda pronta) já se tinha pirado para o abrigo dos seus queridos cobertores, que ele tanto adorava. Entretanto três alegres amigos da dita cuja água com gás amarela, ou sumo de cevada se quiserem chamar-lhe assim, se encontravam juntamente com as esbeltas barrigas (eles queriam gajas, mas pronto em falta delas a lourinha era sempre uma companhia apetecível e nunca dizia que não; resmungar era vocabulário que ela não percebia) pensativos e preocupados, pois a noite ainda era uma criança e a cerveja ainda não tinha atingido o seu ponto limite (ainda deviam faltar para aí 2 grades ou mais pensaram eles);
Como num rasgo de imaginação (coisa em voga por eles) lembraram-se que nesta altura do ano havia sempre festa numa aldeia próxima e, meu dito meu feito, nem é tarde nem cedo, toca a abalar que a noite ainda ia curta.
Calma – disse Ronhas Canhono – que tal emborcar mais uma para a sossega que a viagem ainda demora (20 minutos a correr mal)?
Excelente ideia sublinhou Alcaide Farinhas e Bancos com o total apoio de Adalberto João, para não variar.
Para não acordar Dona Rendas, Adalberto João com o seu jeito desengonçado foi ao balcão buscar as cervejas que logo foram consumidas de um só trago e lá foram eles todos contentes.
Se havia noite que fazia frio essa era uma delas... Gajas ou loirinhas na festa? Nem rasto delas...!!! Como o frio apertava e cama era o melhor remédio resolveram, para grande tristeza deles, partir para a sua querida tasca, pois tinham a certeza que Dona Rendas ainda se encontrava no seu querido poiso (ainda que a dormir profundamente, mas isso também não é novidade para voçês) e assim podiam beber a da sossega mais uma vez.
Calma, exclamou Adalberto João antes de entrar no carro – Aqui ao lado cheira-me a coelho. Que tal levar um para fazermos uma patuscada um dia destes?
Tá certo – exclamou Ronhas Canhono – eu ajudo-te;
Entrando, de mansinho dentro duma garagem, qual raposas esfomeadas, e já prontos para o dito desvio, qual não é o seu espanto quando depararam não com coelhos mas sim com galinhas (apenas mais um pequeno engano no olfacto de Adalberto João). Mas como homens destemidos depressa sacaram uma galinha e toca a abalar, que o medo, além do frio, também apertava. Posso-vos garantir uma coisa! Até à tasca, a galinha se houve coisa que não teve foi calor, pois a sua parte do carro era descapotável. A galinha, e o braço do Ronhas que ia com ela pendurada pelo pescoço do lado de fora do vidro, todo contente da vida.
Sabem como foi baptizada essa galinha (vá lá puxem pela memória)?
Querem saber o resto da história (claro que não)? E como dona Rendas, desde então, teve ovos no seu galinheiro?
Não percam a saga desta emocionante aventura em Rosemary Parte 1 ½.
Autor: Rui

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